Um Olhar Crônico Esportivo

Um espaço para textos e comentários sobre esportes.

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quinta-feira, outubro 12, 2006

Os melhores... Agora da FIFA


A FIFA divulgou sua lista de jogadores candidatos a serem eleitos os três melhores jogadores do mundo.

Mais uma lista.

Essa foi feita pelos técnicos de todas as seleções, cada um escolhendo três jogadores, todos os votos com o mesmo peso.

Bom, aí vai ela, S.Sa., a lista:

Os 30 melhores jogadores:


Adriano (Brasil)

Ballack (Alemanha)
Buffon (Itália)
Cannavaro (Itália)
Cristiano Ronaldo (Portugal)
Cech (República Checa)
Deco (Portugal)
Drogba (Costa do Marfim)
Essien (Gana)
Eto’o (Camarões)
Figo (Portugal)
Gattuso (Itália)
Gerrard (Inglaterra)
Henry (França)
Kaká (Brasil)
Klose (Alemanha)
Lahm (Alemanha)
Lampard (Inglaterra)
Lehmann (Alemanha)
Nesta (Itália)
Pirlo (Itália)
Ribery (França)
Riquelme (Argentina)
Ronaldinho Gaúcho (Brasil)
Rooney (Inglaterra)
Rosicky (República Checa)
Shevchenko (Ucrânia)
Thuram (França)
Vieira (França)
Zidane (França)

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quarta-feira, outubro 11, 2006

MSI, Boris, Nilmar e o futuro


As informações são poucas e incompletas, mas já dá para começar a traçar um quadro do que poderia vir a acontecer.

Poderia, pois não creio que vá acontecer. Não mais.

Os planos da MSI no Brasil vêm sendo sistematicamente frustrados. Entre eles, dois eram acarinhado com especial atenção: entrar no Flamengo, a princípio pela gentil cessão de jogadores e, o maior e mais importante, entrar na VARIG, um pitéu saborosíssimo para dinheiro vindo de fora, e uma empresa geradora de caixa legítimo em muitas partes do mundo.

No Brasil, a presença da MSI nos dois times mais populares do país, daria uma boa alavancada aos negócios da empresa. As denúncias do MP, a detenção de Berezovsky pela Polícia Federal, agravada por estar portando um passaporte falso que, soube-se depois, foi-lhe fornecido pessoalmente e a posterior por gentil ministro do interior britânico, a grande exposição negativa na mídia, tudo isso, enfim, colaborou fortemente para uma grande ressaca com dor-de-cabeça na MSI e seus reais donos.

Nesse momento, o panorama que se descortina parece indicar muito mais uma saída da MSI, com prejuízo e lambendo feridas, do que uma vitoriosa permanência em terras tupiniquins.

Com isso, adeus reforços para o Flamengo.

E o Nilmar?

Comenta-se, agora, que ele poderá ser reincorporado ao elenco do Lyon. Todavia, não o enxergo por lá. O time está bem montado, jogando bem, e Nilmar seria apenas mais um no elenco, estrangeiro ainda por cima, e com salário alto.

Santos e São Paulo fizeram seus movimentos, avançando cada qual um peão, levando ao jogador a oferta de recuperar-se no centro de treinamento de cada um, cada qual mais sedutor que o outro.

Pessoalmente, acho difícil ele permanecer no Brasil, a menos que mude sua pedida salarial e de luvas. E mude bem. E para baixo.

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Os melhores... Melhores?


A Federação Internacional dos Atletas Profissionais de Futebol divulgou sua lista com os nomes de 55 indicados para os prêmios de melhores em cada posição e melhor do ano de 2006.

Os nomes foram apontados pelos próprios jogadores, que no final do ano votarão novamente, agora dentro da lista.

Dos 55 nomes, dez são brasileiros e um é luso-brasileiro.

Oito atuam no Chelsea, sete no Milan e seis no Barcelona.

Dezoito jogam na Itália, dezessete na Inglaterra e quatorze na Espanha.

Essa é a lista:

Goleiros:
Gianluigi Buffon (ITA) - Juventus
Petr Cech (TCH) - Chelsea
Dida (BRA) - Milan
Jens Lehmann (ALE) - Arsenal
Edwin van der Sar (HOL) - Manchester United

Defesa:
Roberto Ayala (ARG) - Valencia
Cafu (BRA) - Milan
Fabio Cannavaro (ITA) - Juventus
Roberto Carlos (BRA) - Real Madrid
Cicinho (BRA) - Real Madrid

Ashley Cole (ING) - Arsenal
Rio Ferdinand (ING) - Manchester United
William Gallas (FRA) - Chelsea
Fabio Grosso (ITA) - Palermo
Philipp Lahm (ALE) - Bayern Munchen
Lúcio (BRA) - Bayern Munchen
Rafael Márquez (MEX) - Barcelona
Marco Materazzi (ITA) - Inter
Miguel (POR) - Valencia
Alessandro Nesta (ITA) - Milan
Carles Puyol (ESP) - Barcelona
Willy Sagnol (FRA) - Bayern Munchen
John Terry (ING) - Chelsea
Lilian Thuram (FRA) - Juventus
Gianluca Zambrotta (ITA) - Juventus

Meio-campo:
Michael Ballack (ALE) - Bayern Munchen
Deco (POR) - Barcelona
Cesc Fabregas (ESP) - Arsenal
Luis Figo (POR) - Inter
Gennaro Gattuso (ITA) - Milan
Steven Gerrard (ING) - Liverpool
Kaká (BRA) - Milan
Frank Lampard (ING) - Chelsea
Claude Makélélé (FRA) - Chelsea
Andrea Pirlo (ITA) - Milan
Juan Roman Riquelme (ARG) - Villarreal
Francesco Totti (ITA) - AS Roma
Patrick Vieira (FRA) - Juventus
Zé Roberto (BRA) - Bayern Munchen
Zinedine Zidane (FRA) - Real Madrid

Atacantes:
Adriano (BRA) - Inter

Hernán Crespo (ARG) - Chelsea
Didier Drogba (CMF) - Chelsea
Samuel Eto’o (CAM) - Barcelona
Thierry Henry (FRA) - Arsenal
Miroslav Klose (ALE) - Werder Bremen
Lionel Messi (ARG) - Barcelona
Arjen Robben (HOL) - Chelsea
Ronaldinho (BRA) - Barcelona
Ronaldo (BRA) - Real Madrid

Cristiano Ronaldo (POR) - Manchester United
Wayne Rooney (POR) - Manchester United
Andriy Shevchenko (UCR) - Milan
Luca Toni (ITA) - Fiorentina
Fernando Torres (ESP) - Atletico Madrid


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terça-feira, outubro 10, 2006

A quem interessa?

Entre os anos de 1990 e 1994 a seleção brasileira disputou 32 jogos amistosos, dos quais 17 em cidades brasileiras.

Entre 94 e 98 esse número foi de 33 jogos, com 17 no Brasil.

Caiu para 27 jogos entre 1998 e 2002, dos quais 10 foram disputados aqui.

E de 2002 até hoje, inclusive, são 26 jogos amistosos da seleção do Brasil. Apenas 2 foram disputados no Brasil.

Nesses dezesseis anos, a maior cidade brasileira, cuja região metropolitana abriga entre 12 a 14% da população do país, viu um único e solitário amistoso da seleção. Nesse mesmo período, Madrid, Barcelona e outras cidades de Espanha viram a seleção jogar 10 vezes. E cidades coreanas e japonesas viram 8 vezes, 4 em cada país.

Na tarde de hoje haverá um jogo amistoso em Estocolmo, contra a seleção do Equador. Quem se interessa por isso? Pouca gente, muito pouca gente, a maioria parentes e empresários dos jogadores convocados. Ou seja, só quem tem interesses econômicos nos jogadores. Ah, sim... Estatisticamente há um pouco mais de interessados: garotada sem aula à tarde e com o videogame ou o computador quebrados; meia dúzia de patriotas; mais uma dúzia que não muda o canal em que o televisor está sintonizado e duas ou três dúzias de jornalistas, que deveriam estar no bloco dos que têm interesses econômicos, pois estarão vendo o jogo a serviço.

O Brasil em muitos aspectos é hoje apenas uma caricatura de país. Nem vou alongar-me nesse tema de maneira geral, vou apegar-me ao seu mais conhecido, brilhante e bem sucedido produto de exportação, ao lado da soja, café, açúcar, ferro, frango e suco de laranja: o futebol.

Estamos como aqueles países muito pobres, onde costureiras em barracos paupérrimos e barracões caindo aos pedaços fazem milhões de calças jeans, todas devidamente empacotadas e exportadas por gente andando sem roupa ou com restos, não por naturismo ou moda, mas por falta de condições para ter uma roupa mesmo, já que nem comida consegue ter em suas mesas. Outros países igualmente miseráveis e habitados por gente de pés eternamente descalços, produzem milhões de fantásticos e incrementados tênis, todos para exportação, nenhum para consumo interno.

Assim é o Brasil no futebol.

Confesso que a última Copa do Mundo em que torci de fato para a seleção desse país foi a do México, em 1986. Depois daquela Copa, vejo hoje numa perspectiva de 20 anos que meu interesse e o de muitas outras pessoas declinou assustadoramente. Talvez porque já não seja muito nítida a identificação entre país e seleção.

A seleção é formada em sua maioria por ilustres desconhecidos, jogadores que mal e mal jogaram uma temporada inteira no Brasil e não criaram vínculo com os torcedores, não deixaram lembranças de jogadas ou conquistas. A única grande conquista de todos e de cada um em terras tupiniquins foi a assinatura do contrato com um time europeu. Não os critico, faria o mesmo, orientaria meu filho a fazer o mesmo. Mas não esperem minha torcida e, muito menos e muito pior, meu interesse.

A mim nada disso interessa, mas interessa à CBF, que transformou a Seleção do Brasil numa instituição caixeira-viajante, arrecadando níqueis aqui e ali, ganhando humilhantemente menos níqueis que os times do Barcelona e Real Madrid. E todo o dinheiro arrecadado desaparece por ralos incertos e não sabidos, fazendo com que times da terceira divisão de nosso futebol viajem 100 (cem) horas de ônibus, entre ida e volta, para disputar um jogo.

Hoje à tarde meu televisor estará desligado.

Pois, para mim, essa seleção em nada interessa.

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segunda-feira, outubro 09, 2006

Só agora?


Está na coluna Painel, na Folha de S.Paulo de hoje:

Caiu a ficha. A diretoria corintiana começa a crer que ocorrerá o pior no caso Nilmar: terá de pagar o Lyon para não ser punido pela Fifa, mas perderá o jogador por não ter dinheiro para bancar suas exigências.”

Demorou muito para cair essa ficha. Os leitores desse blog souberam disso já no dia 19 de setembro, ao ler o post “O Caso Nilmar” – do qual extraí esse trecho para refrescar as memórias:

Hoje, é bem provável que Nilmar simplesmente já esteja livre de vínculos, ou muito perto disso. Se acontecer, o Lyon perderá seus 8 milhões de euros, e vai processar o Corinthians para recebe-los, com total apoio da FIFA. E não é nada difícil que o clube tenha que pagar tudo isso e ainda por cima fique sem o jogador.

O desfecho está próximo e pode surpreender muita gente.

É espantoso o grau de desconhecimento e desleixo a que se pode chegar numa organização tão grande como o Corinthians. Ou talvez não seja de espantar nem um pouco, atitude mais razoável diante do descalabro que foi a aprovação dessa parceria nebulosa com uma empresa ainda mais nebulosa, dirigida e financiada por gentes desconhecidas, de origens incertas e não sabidas.

Esse caso todo já soava muito estranho desde cedo, motivando a postagem de vários comentários no blog Jogo Aberto a respeito. Foram sucessivos adiamentos de uma transferência que não tinha porque ser adiada. Afinal, Nilmar era o melhor atacante em ação no futebol brasileiro ao lado de Carlitos Tevez. E enquanto Carlitos se enredava em problemas, Nilmar jogava e marcava, jogo após jogo.

Vi ao vivo o lance em que machucou o joelho. Na mesma hora comentei sua aparente gravidade e a atitude maluca dele ficar em campo. Acabou ficando mais trinta minutos, quase, e agora ficará pelo menos 6 meses parado.

Agravando tudo isso, o jornalista Juca Kfouri diz hoje em seu blog e na coluna da Folha de S.Paulo, que as autoridades financeiras apresentarão tristes novidades para o Corinthians nos próximos dias. E vai além: levanta a possibilidade de Kia Joorabchian estar ausente do Brasil por conta dessas ações das autoridades brasileiras. E esse mesmo motivo tê-lo-ia levado a mandar Tevez e Mascherano para fora do país, uma medida conhecida como “retirada de ativos”, impedindo seu arresto pela justiça.

Pois é...

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