Um Olhar Crônico Esportivo

Um espaço para textos e comentários sobre esportes.

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sábado, junho 23, 2007

Aviso aos leitores


O titular deste blog encontra-se em campanha pela eleição de Ana Paula Oliveira para Musa do Jogo Aberto.

Enquanto isso, tarefas de rotina serão tocadas, como de praxe, pelos estagiários.

Aos leitores-eleitores, nossa recomendação é clara e inequívoca:

Ana Paula Oliveira.



O resto é fria.

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quinta-feira, junho 21, 2007

E agora, o que virá?


Acabou a Libertadores, acabou, também, a Copa do Brasil.

Chegou a hora e a vez do Campeonato Brasileiro, finalmente.

Opa! Esqueci desse detalhe: agora tem Copa América e uma disputa qualquer de seleções sub20. Ou seja, alguns estão desfalcados de bons jogadores – São Paulo, Inter, Santos, Flamengo, Corinthians, Palmeiras, entre outros – e as atenções da mídia estão divididas, provocando o mesmo efeito nos torcedores.

Sinceramente, não acompanhei com interesse as convocações e não estou disposto a procurar as listas de convocados, por isso, com certeza, deixei de citar vários clubes na relação acima, todos com jogadores na sub20. Ah, é verdade, com a Libertadores terminada, o Grêmio vai ceder dois jogadores para a sub20, um deles Carlos Eduardo.

Nesse momento de retomada do campeonato sem nada mais para atrapalhar o desempenho dos clubes, a CBF leva embora o principal destaque e articulador do Corinthians, o garoto William. Tira do Flamengo outro garoto, Renato Augusto, que coordena ações no meio-campo e participa muito bem do ataque. No Grêmio, Carlos Eduardo, e no Internacional, Alexandre Pato, são os melhores atacantes e seus times sentirão suas faltas. Principalmente, talvez, o Grêmio, abalado pela derrota de ontem e colecionando péssimos resultados no BR, precisando recuperar-se. O Santos vai encarar sua retomada sem o lateral-esquerdo Kleber, um dos esteios do time, mais ainda nesse momento com a saída de Zé Roberto. O Palmeiras perdeu Valdívia para a seleção chilena, e sem ele fica tudo ainda mais complicado e perigoso do que já está, praticamente sem atacantes. E o São Paulo segue buscando o fim da má-fase em que mergulhou sem Josué e Alex Silva, além de Reasco, na seleção equatoriana. Dos três, Josué fará mais falta, muita falta, mesmo porque seu substituto imediato, Fredson, operou o joelho.

Bom... Resumo da ópera?

Impossível fazer qualquer prognostico sobre os rumos que tomará o BR.

E esse que talvez fosse o momento ideal para o Botafogo com o elenco inteiro nas mãos do treinador, também não será bem assim. Um jogo-chave, contra o Corinthians, foi transferido para outubro ou sei lá quando, e além de não fazer esse jogo em casa, em momento particularmente feliz e propício, ainda ficará duas semanas sem jogar, parada péssima nessa época do ano e que servirá apenas para, possivelmente, quebrar o ritmo da equipe.

Pois é, e pensar que tudo caminhava tão bem...

Esse é o futebol do Brasil e da América do Sul.


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Cartolas & Galinhas: diferenças e convergências


Lá no Sítio das Macaúbas, aprazível recanto onde eu enfio o pouquinho de dinheiro que consigo ganhar na cidade e que ainda por cima gera despesas complicadas, vive um monte de galinhas. E galos. A cantoria de madrugada é bonita, às vezes terrível, dependendo do humor e da hora em que caímos nos braços de Morfeu.

Durante o dia, a partir das dez horas, mais ou menos, a partir do momento em que o Sol já cumpriu um quarto de sua caminhada diária, as madames galinhas começam a se acomodar e, logo depois, começam a botar. Isso segue até o Sol atingir seu ponto mais alto no céu, o que vem a coincidir com a hora do almoço. Dura mais ou menos um quarto da passagem diária do Sol a janela de botação das galinhas.

Como temos a janela de contratações, creio que podemos ter, também, a janela de botação.

Voltando às galinhas...

Tão logo elas põem o bendito ovo, deixam o ninho a cantar alta e alegremente, como se tivessem terminado a mais importante de todas as tarefas. E talvez tenham mesmo, pelo menos para seus cérebros de galinhas. Ao fazerem tamanho estardalhaço, anunciam aos quatro ventos, além das comadres e compadres de penas, que a missão do dia está cumprida, o ovo está posto e agora ela vai cuidar da vida que ninguém é de ferro.

O festejo é ouvido, também, por outros interessados.

Bípedes sem pelos e cobertos com peles estranhas que, apesar disso, são bonzinhos e dão milho todo dia, cachorros, gralhas, teiús... Todos à espera de saborear um ovo fresquinho, nutritivo e saboroso. E lá vão os interessados atrás do canto da galinha e de seu ninho.

Descoberta feita, descoberta saboreada.

Outra agora só na manhã seguinte.

E no futebol?

Ah, é mesmo, o futebol. Afinal, esse é um blog que se pretende futebolístico.

Pois bem, nossos cartolas (não só aqui) agem como as galinhas. Mal percebem a aproximação do ovo já saem cantando em prosa e verso e bradando aos quatro ventos e em todas as mídias, que fulano está sendo contratado, tudo está certo, é só questão de pequenos detalhes para assinar o contrato e vestir o manto sagrado.

Ah, como dirigente gosta de anunciar contratação!

Todavia, ao fazer isso, e tal como as galinhas, os cartolas comunicam, também, a existência de um ovo, que pode ou não ser saboroso o bastante para atrair outros interessados. E se essa atração existir, esses outros irão atrás do ovo que ainda não foi botado, digo, contratado. E em surdina, repticiamente, chegam à galinha e asseguram-se de seu ovo primeiro.

Foi o que aconteceu nessa semana.

O Palmeiras cantou o ovo Kleber antes do tempo.

O Santos interessou-se e foi atrás da galinha, no caso o próprio Kleber, que é ovo e galinha ao mesmo tempo, representando ora um, ora outro papel.

E parece que contratou, tomou posse do ovo.

Espertamente, porém, o Santos ainda não está cantando. Só fará isso depois que o ovo estiver em sua frigideira, pronto para virar omelete. Mas é certo que dessa frigideira esse ovo não sai mais.

Enquanto isso, o Palmeiras chora a perda.

E chora mais, pois também perdeu Florentin, que se cansou das cobranças e pediu dispensa. Complicada a situação do Palmeiras.

A discussão já começou e já botaram a ética no meio. Nada disso tem a ver com ética. O jogador está livre, recebeu uma proposta inicial – a do Palmeiras – que agradou. Mas logo depois recebeu outra proposta, mais atraente, a do Santos. Preferiu a do Santos, azar do Palmeiras. O time da Vila pode ter agido de forma antipática, sem dúvida, mas não feriu ética alguma.

Sobre essa história de ovos & galinhas, tem um ditado que meus avõs sempre usaram:

Não se pode contar com o ovo no cú da galinha.


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segunda-feira, junho 18, 2007

Boladas & Caneladas 18 06 07

Canelada-Monstro I

O Paraná entrou na justiça esportiva pedindo o cancelamento de seu jogo contra o São Paulo. Para surpresa geral e agora para receio mais geral ainda, o tribunal aceitou a denúncia. Não é o fim dos tempos, mas pode ser o fim do futebol.

O Paraná perdeu o jogo por 1x0. O gol do São Paulo foi marcado por Rogério Ceni em cobrança de pênalti. O olhar eletrônico da televisão mostra que o pênalti não aconteceu, mas o olhar de quem estava no estádio ou mesmo pela tevê na câmera aberta, enxergou pênalti na jogada. O juiz marcou o que viu e o São Paulo marcou o seu gol.

Já no final, cruzamento para a área do São Paulo. A defesa sai e deixa dois jogadores em impedimento. Um terceiro, vindo de trás, aparece e marca. O assistente, antes ainda da bola chegar a esse jogador, assinala impedimento. Novamente, pelos olhares eletrônicos constata-se que havia condição legal para o gol.

E daí?

Quem apita e marca são olhares humanos, com frações de segundo para decidir. Assim é o futebol, assim ele foi criado e desenvolveu-se.

E as decisões da arbitragem são soberanas, absolutas e irrecorríveis!

Mexer nisso é mexer no futebol de hoje e do passado. E destruir o do futuro.

Canelada-Monstro II

O técnico Lori Sandri entrou em campo, no final do primeiro tempo do jogo Sport x América de Natal, em Recife, para protestar contra o árbitro. Estava nervoso (até com razão, o que não vem ao caso), e S.Excia. foi protegida pelos policiais. Tudo certo, até aqui.

Um dos policiais bota a mão habitualmente pesada em Lori, que rechaça o gesto e, indo além, evita outro igual dando ligeiro empurrão no policial.

No vestiário, a “otoridade” se fez presente e prendeu Lori Sandri, levando-o algemado para a delegacia, onde foi autuado por ofensa à otoridade, digo, autoridade.

Ridículo. Não o Lori, mas a ação da polícia de Pernambuco.

Ridículo e típico.


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